Atingidos pelo complexo Garabi mobilizam-se no 14 de Março
Publicado em qua, 07/03/2012 - 12:12
Os atingidos e ameaçados pelo projeto internacional hidrelétrico Garabi vão se mobilizar em um grande ato público em defesa dos direitos no dia 14 de março, próxima quarta feira, no município de Porto Mauá, região noroeste do Rio Grande do Sul, fronteira com a Argentina. O objetivo da atividade é cobrar do governo brasileiro e argentino esclarecimento e informações sobre o complexo Garabi que está sendo planejado no trecho internacional do rio Uruguai.
As famílias que vivem à beira do rio afirmam que um dos principais problemas em relação à obra é a falta de informação. “O estudo de impacto ambiental ainda não saiu, então são poucos os dados que temos. Se sair a barragem, parte da nossa cidade será alagada e nem sabemos que condições iremos ter daqui para frente”, diz Lony Del Ricardi, moradora de Porto Mauá.
Neudicléia de Oliveira, da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) no Rio Grande do Sul, diz que os acordos estão se dando todos por Buenos Aires, na Argentina, e as informações divulgadas não chegam até a população ribeirinha. “Foi realizada somente uma audiência pública no município de Santa Rosa, que nem é atingido diretamente pelas barragens. O ato público do dia 14 reunirá atingidos de toda região e nesse dia buscaremos socializar as informações bem como nos somar às demais mobilizações que irão acontecer em outras regiões por ocasião do Dia internacional de luta contra as barragens”, afirma Neudicléia.
Há poucos dias, o ministro brasileiro de Minas e Energia, Edison Lobão, anunciou que deve ser criada uma nova estatal para administrar o projeto das usinas de Garabi e Panambi. No cronograma proposto para o complexo de usinas, está previsto um período de dois anos para entrega dos estudos e mais quatro anos para construção das duas barragens.
Movimento dos Atingidos por Barragens
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